Dilma Rousseff, presidente do Novo Banco de Desenvolvimento, fez um discurso durante a Cúpula dos Brics em Kazan, na Rússia, onde criticou o uso do dólar como uma ferramenta de controle econômico. Rousseff argumentou que os Estados Unidos se aproveitam da posição do dólar nas transações internacionais para limitar o crescimento de economias emergentes. Ela destacou que sanções são frequentemente utilizadas para isolar empresas de países do Sul Global, o que favorece a competitividade das empresas americanas no mercado global.
Além das críticas ao uso do dólar, a ex-presidente enfatizou a importância da expansão do grupo Brics, classificando-a como uma prioridade para o banco. Durante a cúpula, 13 novos membros foram aprovados, incluindo países como Turquia, Argélia e Nigéria, o que, segundo Rousseff, fortalece o papel do banco como uma plataforma de cooperação entre nações em desenvolvimento. A inclusão de novos países reflete uma tentativa de diversificar as alianças econômicas e políticas dentro do bloco.
Em uma reunião anterior com o presidente russo, Dilma discutiu alternativas ao dólar para facilitar transações comerciais entre os membros do Brics. Ela defendeu a criação de novos instrumentos financeiros que não dependam da moeda americana, buscando promover maior autonomia financeira e fortalecer as economias do Sul Global. Essa abordagem busca responder aos desafios impostos pela hegemonia do dólar e promover um comércio mais justo entre as nações participantes do bloco.