O Halloween traz à tona a reflexão sobre o consumo excessivo de açúcar, que vai além das festividades. Nos Estados Unidos, a média de ingestão de açúcar adicionado por adultos e crianças é alarmante, superando quase três vezes o limite recomendado por especialistas em saúde. O açúcar está presente não apenas em doces e refrigerantes, mas também em alimentos considerados saudáveis, como cereais e iogurtes, dificultando sua eliminação da dieta diária. Este cenário preocupa, pois o consumo excessivo está relacionado a uma série de problemas de saúde, incluindo obesidade, diabetes e doenças cardíacas.
Laura Schmidt, socióloga e especialista em políticas de saúde, destaca que a questão do açúcar não deve ser tratada de forma simplista. Em vez de demonizar o açúcar, é importante reduzir seu consumo de maneira consciente e equilibrada. Ela sugere que as pessoas se concentrem em uma alimentação saudável como um todo, ao invés de focar apenas em nutrientes individuais. Além disso, a presença de açúcar em alimentos ultraprocessados é uma estratégia das indústrias alimentícias para aumentar o apelo dos produtos, dificultando a resistência dos consumidores.
Para ajudar a controlar o consumo de açúcar, Schmidt propõe cinco estratégias práticas: evitar bebidas açucaradas, eliminar a tentação em ambientes de trabalho, remover produtos açucarados do lar, gerenciar os desejos por açúcar e reservar doces para ocasiões especiais. A implementação dessas dicas pode ser mais eficaz quando feita em grupo, permitindo que as famílias se apoiem na redução do açúcar. Esse esforço pode contribuir para uma melhoria significativa na saúde e bem-estar, especialmente em um contexto onde o açúcar é onipresente na dieta moderna.