Na tarde desta quinta-feira, durante o júri popular no Fórum da Barra Funda, o advogado Alexander Neves Lopes foi destituído por seu cliente, gerando um impasse no processo. A decisão foi tomada após o depoimento da filha do réu, que alegou uma relação abusiva e confinamento. O réu, por sua vez, afirmou que a situação estava sendo manipulada para prejudicá-lo, resultando na quebra de confiança entre ele e a defesa. A destituição do advogado implica a necessidade de nomeação de um novo defensor, o que pode prolongar o julgamento.
A estratégia de destituição levantou suspeitas de que poderia ser um movimento coordenado entre o réu e sua defesa, com o objetivo de atrasar o processo judicial. A acusação alertou que essa ação foi planejada para impedir a continuidade do julgamento, o que pode abrir novos prazos e prorrogar a nomeação de um defensor público. O Tribunal de Justiça de São Paulo confirmou que será necessário recomeçar o processo, incluindo a formação de um novo Conselho de Sentença.
Durante o júri, depoimentos de familiares trouxeram à tona alegações graves de violência e controle excessivo do réu sobre sua filha, que relatou ter sido mantida em cárcere privado. O crime em questão, que resultou na morte de três pessoas em 2019, envolveu um contexto de ciúmes e desentendimentos familiares, evidenciado pelos relatos de abuso e intimidação. O novo atraso no julgamento sem uma data definida traz incertezas tanto para a defesa quanto para a acusação.