Na tarde de segunda-feira (7/10), um deslizamento de terra de grandes proporções ocorreu no Porto da Terra Preta, em Manacapuru, Amazonas, resultando no desaparecimento de uma criança e gerando relatos de até 200 pessoas soterradas. O porto, que estava em obras, continuava funcionando como um ponto vital para o transporte de mercadorias e passageiros, com intensa movimentação de trabalhadores nas atividades de carga e descarga.
Após o acidente, destroços de flutuantes, canos, casas e carros foram vistos flutuando no rio, evidenciando a gravidade da situação. O Porto da Terra Preta abriga o Terminal Hidroviário e a Secretaria Municipal de Pesca, servindo como uma importante conexão entre Manacapuru e outras localidades da região. O fenômeno que causou o deslizamento é conhecido localmente como “terras caídas”, um processo de erosão fluvial agravado pela pior vazante da história do Rio Solimões.
A Prefeitura de Manacapuru emitiu uma nota lamentando o acidente e informando que equipes da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) estão mobilizadas na área. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) também se manifestou, esclarecendo que não é responsável pela gestão do Porto da Terra Preta, mas que técnicos estão no local para avaliar a extensão dos danos e os riscos à segurança da estrutura da IP4, uma instalação portuária sob sua responsabilidade.