A desextinção de espécies é um tema controverso que desperta tanto interesse científico quanto debates éticos. Grupos de cientistas, como a Revive & Restore e a Colossal Biosciences, trabalham para trazer de volta espécies extintas, como o mamute-lanoso, o dodô e o lobo-da-tasmânia, utilizando técnicas de engenharia genética. Embora defendam que essas iniciativas possam prevenir futuras extinções em massa, especialistas alertam para as incertezas ecológicas e os altos custos envolvidos, que podem desviar recursos de projetos de conservação mais imediatos e eficazes.
Os avanços nessa área são lentos e repletos de desafios. Até agora, tentativas de clonagem, como a do íbex-dos-pirenéus, resultaram em sucessos limitados, levantando questões sobre a viabilidade de reintroduzir essas espécies em ecossistemas que mudaram drasticamente desde suas extinções. Os pesquisadores têm se concentrado em sequenciar o DNA das espécies-alvo e usar métodos de edição genética para criar híbridos, mas a falta de um genoma completo e a necessidade de hospedeiros vivos complicam esses esforços.
Além dos desafios técnicos, a desextinção levanta questões éticas significativas. Críticos argumentam que, em vez de ressuscitar espécies extintas, os recursos deveriam ser alocados para a preservação de espécies em risco, que ainda habitam nosso planeta. Além disso, há preocupações sobre a reintrodução de patógenos antigos e o impacto que esses animais híbridos teriam nos ecossistemas atuais. Assim, a discussão sobre a desextinção se transforma em um complexo debate entre a busca por inovações científicas e a responsabilidade ambiental.