A taxa de desocupação no Brasil chegou a 6,4% no terceiro trimestre de 2024, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este índice representa o menor nível para o período encerrado em setembro desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, em 2012. Economistas projetam um cenário positivo para o mercado de trabalho nos próximos meses, apesar dos desafios que o Banco Central enfrentará para manter sua política monetária sem comprometer a taxa de ocupação.
Daniel Duque, economista de uma instituição de pesquisa, destaca que o mercado de trabalho apresenta crescimento tanto em empregos formais quanto informais, com a recente política de aperto monetário ainda não tendo impactos significativos. A expectativa é de que qualquer reversão desse cenário só ocorra em 2025. A taxa de desemprego, ajustada pela sazonalidade, caiu de 6,5% para 6,4% entre agosto e setembro, atingindo o menor nível desde 1999. O aumento do emprego formal, que chegou a 49,7 milhões de pessoas, aponta para um futuro otimista.
O aumento da renda e do emprego temporário em diversos setores sugere que a taxa de desemprego poderá continuar sua trajetória de queda, possivelmente alcançando 6,0% em dezembro. A combinação de uma força de trabalho mais ocupada e o crescimento do consumo das famílias deve contribuir para o desenvolvimento econômico nos próximos meses, embora a baixa ociosidade da mão de obra represente um desafio para a convergência da inflação à meta estabelecida pelo Banco Central.