As bolsas da Europa encerraram a sessão sem uma direção clara, com os investidores dividindo a atenção entre os resultados corporativos e as discussões sobre o cenário macroeconômico. O FTSE 100, em Londres, caiu 0,25%, enquanto o CAC 40, em Paris, teve uma leve queda de 0,08%. Em contraste, o DAX, de Frankfurt, apresentou uma leve alta de 0,11%. Apesar das oscilações diárias, todas as principais bolsas europeias registraram perdas na semana, evidenciando a pressão dos juros elevados dos Treasuries e a incerteza em relação às políticas monetárias do Banco Central Europeu (BCE).
As declarações da presidente do BCE, Christine Lagarde, reforçaram a expectativa de que as taxas de juros permanecerão restritivas até que a meta de inflação de 2% seja alcançada. Além disso, líderes de bancos centrais de países da região expressaram cautela quanto a cortes agressivos nas taxas, indicando um consenso em evitar movimentos apressados. As posições dos bancos centrais refletem um ambiente econômico desafiador, onde as preocupações com o crescimento e a inflação se sobrepõem às expectativas de afrouxamento monetário.
No cenário corporativo, algumas empresas enfrentaram resultados mistos. A montadora Mercedes viu uma queda de 0,98% em suas ações após a divulgação de uma redução em seu lucro operacional, enquanto a Remy Cointreau, mesmo após piorar sua projeção para 2024, registrou uma alta de 1,01%. Por outro lado, o Lloyds Bank teve uma queda significativa de 7,30%, impactado por questões relacionadas a um caso específico no setor. As movimentações nas bolsas refletem um contexto de incertezas que continuará a influenciar o comportamento dos investidores.