O desempenho do MDB no primeiro turno das eleições municipais, onde elegeu 847 prefeitos, coloca o partido em uma posição estratégica, atraindo o interesse tanto do PT quanto do PL. O PSD liderou a votação com 878 prefeitos eleitos, mas o MDB, com a possibilidade de conquistar a Prefeitura de São Paulo, acirra a disputa entre as legendas. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, já sinalizou a intenção de ampliar alianças, mencionando o MDB como um possível aliado para as eleições de 2026.
Apesar do alinhamento do MDB com o governo federal sob Lula, a sigla também considera um futuro próximo ao projeto do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. A relação entre o MDB e o PL se fortaleceu com a indicação de um candidato bolsonarista para a vice-prefeitura de Nunes em São Paulo. Embora a articulação entre os partidos esteja em curso, o MDB precisa decidir se seguirá alinhado à esquerda ou optará por uma postura mais à direita nas próximas eleições.
Na corrida para o segundo turno em São Paulo, Nunes lidera com 44% das intenções de voto, enquanto seu adversário, Boulos, possui 35%. A pesquisa revela um cenário estável, com uma significativa porcentagem de eleitores considerando votar em branco ou anular o voto. A dinâmica eleitoral atual sugere que o MDB, embora tenha conquistado espaço no governo federal, ainda se vê dividido entre os dois espectros políticos, refletindo uma busca por equilíbrio e definição de sua identidade política.