As federações partidárias, que participaram pela primeira vez das eleições municipais em 2024, não alcançaram resultados satisfatórios. Com apenas 51 prefeituras em disputa no segundo turno, observou-se que as siglas envolvidas nas três federações existentes não conseguiram superar o número de prefeitos eleitos nas eleições de 2016 e 2012. O Partido dos Trabalhadores (PT) é a única legenda a apresentar um aumento no número de prefeitos, passando de 182 para uma projeção entre 248 e 261, mas ainda assim inferior aos 254 de 2016.
As outras siglas que compõem as federações também enfrentaram perdas significativas. O PSDB, que contava com 799 prefeitos em 2016, reduziu seu número para 269, e o Cidadania, que se uniu aos tucanos, viu seu total cair 77% desde 2020, chegando a apenas 33 prefeitos. A federação formada pelo PSOL e pela Rede Sustentabilidade também apresentou resultados insatisfatórios, com o PSOL não elegendo prefeitos no primeiro turno e a Rede passando de cinco para quatro representantes.
A diminuição no número de prefeitos e vereadores não pode ser atribuída somente às federações, mas também à conjuntura política atual, que favoreceu partidos de centro e direita. A cláusula de desempenho, que condiciona o acesso a recursos do fundo partidário, é outro fator que pressiona as legendas menores. As federações foram criadas para proporcionar uma união estratégica entre partidos, permitindo uma atuação mais consolidada, mas os resultados até agora indicam que essa estratégia ainda precisa ser aprimorada para gerar impacto positivo nas eleições futuras.