O recente desempenho do Partido dos Trabalhadores (PT) e das esquerdas nas urnas foi considerado insatisfatório, com líderes do partido reconhecendo a necessidade de avaliar as estratégias de comunicação e engajamento com a população. Enquanto a presidente do PT, por exemplo, rejeita essa análise, muitos argumentam que a direita tem conseguido se conectar melhor com os eleitores ao abordar questões reais que afetam a vida cotidiana, ao invés de pautas progressistas que não ressoam com a maioria da sociedade.
Além disso, a crítica se estende ao fato de que a esquerda tem priorizado temas identitários e culturais, distantes das preocupações mais concretas da população, como saúde e educação. Essa desconexão se reflete na incapacidade de reconhecer as novas dinâmicas do mercado de trabalho, o que limita a sua relevância nas discussões sobre emprego e economia. Por outro lado, a direita, ao valorizar as novas formas de trabalho e reafirmar valores conservadores, tem obtido maior aceitação e reconhecimento popular.
A diferença na comunicação e na abordagem das questões sociais tem se traduzido em resultados eleitorais, com a direita conquistando mais votos em recentes eleições municipais. Enquanto líderes de direita, como Bolsonaro, atraem grandes multidões, a presença de figuras da esquerda em eventos públicos tende a ser menos impactante. A ausência de uma conexão genuína com as preocupações da população pode representar um desafio significativo para a esquerda nas próximas eleições.