Um curador do Museu Morgan, em Nova York, revelou a descoberta de uma valsa inédita de Frédéric Chopin, a primeira nova peça do compositor polonês encontrada em quase um século. A obra, com um pequeno manuscrito de aproximadamente 10 por 13 centímetros, foi identificada em 2019 por Robinson McClellan, que posteriormente consultou especialistas para verificar a autenticidade da peça. A valsa, que dura cerca de um minuto, é considerada mais curta do que qualquer outra escrita por Chopin, mas apresenta a concisão típica das obras finalizadas pelo compositor.
A análise da valsa incluiu exames de conservadores de papel, que confirmaram que o material utilizado corresponde aos que Chopin costumava usar. McClellan, ao lado de Jeffrey Kallberg, especialista em Chopin, acredita que a peça pode ter sido escrita na década de 1830 e supõe que seu tamanho pequeno sugere que seria um presente destinado a um destinatário específico, embora o manuscrito não esteja assinado. Essa descoberta traz novas perspectivas sobre a obra de Chopin e levanta questões sobre sua vida e os destinatários de suas composições.
A última vez que uma nova peça de Chopin foi encontrada foi na década de 1930. A importância desta descoberta é destacada pelo diretor do Museu Morgan, Colin B. Bailey, que enfatiza a relevância de ter uma obra nova de um compositor tão renomado. Chopin, um ícone da música clássica polonesa, continua a ser uma figura central na cultura do país, apesar de recentes discussões sobre aspectos mais pessoais de sua vida que têm gerado controvérsias em um contexto social conservador.