O garimpo ilegal e as invasões em terras indígenas, especialmente nas regiões Yanomami, Kayapó e Munduruku, estão se tornando temas relevantes nos vestibulares, como na Unicamp e no Enem. A utilização do mercúrio na extração de ouro tem gerado impactos ambientais significativos, como a poluição de rios e do solo, com consequências graves para a saúde das populações locais. Especialistas ressaltam a necessidade de os estudantes se prepararem para questões relacionadas a esses tópicos, que podem surgir em diferentes disciplinas, incluindo química, geografia, sociologia e biologia.
Na disciplina de geografia, as questões podem abordar conflitos socioambientais, a relação entre desenvolvimento econômico e preservação ambiental, e a exploração minerária na Amazônia. Em sociologia, é possível que os candidatos reflitam sobre direitos indígenas, a importância das terras para a cultura local e o histórico das lutas desses povos. Por sua vez, nas provas de biologia, o foco pode estar nos aspectos ecológicos da Amazônia e nas dinâmicas relacionadas às mudanças climáticas.
A relevância da Amazônia no debate político e ambiental brasileiro é crescente, especialmente com eventos internacionais como a COP 30, que ocorrerá em Belém. Estudantes são incentivados a considerar a região não apenas como um espaço geográfico, mas como um agente político com atores diversos, desde aqueles que lutam pela preservação até os que contribuem para sua degradação. Compreender essa complexidade é essencial para uma formação crítica e consciente no contexto atual.