O secretário de segurança pública do estado do Rio de Janeiro, Victor dos Santos, revelou que 47% dos fuzis apreendidos neste ano no estado têm origem nos Estados Unidos. Apesar de haver informações de inteligência sobre as rotas que esses armamentos seguem até chegar ao Brasil, a grande extensão das fronteiras, tanto secas quanto marítimas, torna o enfrentamento desse problema extremamente desafiador. O secretário enfatizou que mesmo países com recursos significativos enfrentam dificuldades em controlar suas fronteiras.
Para abordar a questão, será criado um grupo de trabalho com representantes das forças de segurança e do Ministério da Justiça e da Segurança Pública. A principal missão desse grupo será investigar as finanças das organizações criminosas e desenvolver uma rede de inteligência que analise a economia do crime em diferentes territórios. Essa abordagem visa não apenas operações policiais, mas também a compreensão do ciclo econômico que alimenta a violência e a criminalidade.
O novo grupo de trabalho busca estratégias para substituir a economia ilícita por uma economia legal que beneficie a sociedade e gere receitas para o estado. O secretário nacional de segurança pública, Mário Luiz Sarrubbo, ressaltou a importância de compreender como os fuzis chegam ao Rio de Janeiro e o impacto que isso tem no controle territorial. Ele defendeu a necessidade de um enfrentamento mais qualificado, destacando que a situação atual requer uma análise profunda das dinâmicas econômicas que sustentam as atividades criminosas.