No contexto da intensificação do conflito entre Israel e Hezbollah, os socorristas em Beirute enfrentam condições cada vez mais adversas. Aya Wehbé, voluntária da Defesa Civil, compartilha sua preocupação ao atuar em sua própria comunidade, onde a possibilidade de encontrar conhecidos entre os escombros é uma realidade dolorosa. Desde o início da guerra, cerca de 120 socorristas perderam a vida, e muitos outros ficaram feridos, evidenciando o alto custo de suas missões humanitárias em meio a um ambiente hostil e repleto de desafios.
A falta de recursos materiais é um tema recorrente entre os voluntários, que se sentem impotentes diante da escassez de equipamentos adequados, como veículos e coletes à prova de fogo. Wisam Qubeisi, responsável pela comunicação do setor privado e também voluntário, expressa sua frustração com a insuficiência de recursos, o que limita a capacidade de resposta da equipe em situações de emergência. Muitos dos materiais utilizados são doações, mas a lentidão na manutenção e reparo de equipamentos danificados agrava ainda mais a situação.
As operações de resgate, especialmente nas áreas próximas à fronteira com Israel, são cada vez mais perigosas, com os socorristas frequentemente se expondo a bombardeios e hostilidades. Anis Abla, que dirige a Defesa Civil na região, destaca o desgaste físico e emocional enfrentado pela equipe, que continua comprometida em proteger a população civil, mesmo diante dos riscos crescentes. Apesar das dificuldades, a missão de salvaguardar os libaneses persiste, enfatizando a resiliência e o comprometimento dos socorristas em um cenário de constante ameaça.