A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, destacou a necessidade de cautela nas próximas reuniões anuais do organismo, apesar da redução da inflação global. Ela enfatizou que, embora as taxas de inflação estejam caindo, o aumento geral dos preços, resultante da pandemia, deve ser encarado como uma nova realidade. Isso impacta diretamente as famílias, que enfrentam dificuldades financeiras e um clima de descontentamento.
Além dos desafios econômicos internos, Georgieva também alertou para o ambiente geopolítico complexo, especialmente com o aumento das tensões no Oriente Médio. Esse cenário gera preocupação sobre sua capacidade de desestabilizar economias regionais e afetar os mercados globais de petróleo e gás, criando incertezas adicionais para a economia mundial.
Por fim, as previsões do FMI indicam uma combinação de baixo crescimento econômico e alta dívida, o que se traduz em um futuro difícil. A expansão econômica projetada para os próximos anos é considerada fraca e insuficiente para combater a pobreza global ou gerar receitas fiscais adequadas para enfrentar as elevadas dívidas e atender a necessidades de investimento urgentes, como a transição para uma economia mais sustentável.