A integração da inteligência artificial (IA) na educação brasileira vai além do uso de ferramentas como o ChatGPT, abrangendo desde a eficiência docente até a promoção de habilidades socioemocionais nos alunos. Apesar do reconhecimento dos benefícios da IA, uma pesquisa recente mostrou que apenas 39,2% dos professores utilizam essas tecnologias regularmente em sala de aula, evidenciando uma discrepância entre o potencial das ferramentas disponíveis e sua implementação prática. A complexidade no uso da IA, que demanda um entendimento aprofundado tanto da tecnologia quanto do conteúdo, é um dos principais obstáculos para sua adoção.
Especialistas apontam que a era da IA generativa oferece novas oportunidades criativas, permitindo que os alunos se envolvam mais em atividades colaborativas, enquanto desafia os educadores a repensarem suas práticas pedagógicas. A criação de ambientes de aprendizado que estimulem a interação humana é fundamental, pois a capacidade de construir relações significativas e reflexões profundas se torna um diferencial em um mundo cada vez mais tecnológico. Assim, a formação docente e a adaptação do currículo são essenciais para aproveitar as vantagens da IA sem sobrecarregar os educadores.
Por fim, a utilização eficaz da IA deve se dar em um contexto de troca entre alunos e professores. Ferramentas como PeerTeach e Letrus demonstram como a tecnologia pode ser um suporte valioso para personalizar o aprendizado e otimizar as atividades docentes. Contudo, a interação humana continua sendo um elemento central para um aprendizado eficaz, reforçando que a IA deve ser uma aliada na educação, e não um substituto para o papel dos educadores.