Em 20 de janeiro de 2021, Kamala Harris fez história ao se tornar a primeira mulher negra e de ascendência asiática a assumir o cargo de vice-presidente dos Estados Unidos. A escolha de Harris foi vista como um símbolo de mudança na política americana, especialmente considerando sua trajetória como senadora da Califórnia. No entanto, seu período na Casa Branca tem sido marcado por desafios significativos, como a imigração e a questão do aborto, que não apenas ofuscaram seu papel, mas também geraram críticas sobre sua atuação.
A imigração, em particular, tornou-se um tema espinhoso para Harris. Após a ordem de Joe Biden para que ela lidasse com a crise na fronteira sul dos EUA, seu esforço para resolver a questão foi visto como insatisfatório, resultando em críticas severas. Apesar das viagens a países da América Central para abordar os fatores que impulsionam a migração, os resultados foram decepcionantes e o fluxo migratório continuou a aumentar, impactando negativamente a percepção pública sobre sua eficácia na função.
Além de sua atuação em temas migratórios, Kamala Harris se destacou na defesa dos direitos reprodutivos, especialmente após a revogação da decisão Roe vs. Wade. Ao visitar clínicas de aborto e lançar campanhas em defesa da saúde da mulher, ela buscou reposicionar-se em um cenário onde questões de saúde e direitos individuais estão cada vez mais em pauta. Contudo, especialistas sugerem que essas ações podem não ter um impacto significativo no eleitorado indeciso, que tende a priorizar questões econômicas e de segurança.