O uso de celulares em sala de aula tem se tornado um desafio crescente para os educadores, gerando preocupação quanto à falta de atenção dos alunos e à necessidade de métodos de ensino mais eficazes. Pesquisadores em educação ressaltam que, apesar de muitos adultos defenderem a proibição do uso desses dispositivos nas escolas, é essencial que os docentes sejam capacitados para integrar as tecnologias de forma que favoreça o aprendizado, ao invés de desviar a atenção dos alunos. A valorização dos professores e a criação de políticas públicas que garantam formação continuada são vistas como soluções necessárias para enfrentar esse problema.
Além das questões práticas do uso de celulares, a pesquisa TIC Educação aponta que uma parte significativa das escolas já adota regras para regulamentar o uso desses aparelhos, permitindo sua utilização em espaços e horários determinados. No entanto, em um número considerável de instituições, o uso do celular é completamente proibido. A falta de uma política nacional clara sobre o uso de tecnologia na educação é um ponto crítico, especialmente após a pandemia, que evidenciou a importância de incorporar as tecnologias digitais ao ambiente escolar.
Especialistas, como o professor Gilberto Lacerda dos Santos e o pesquisador Fábio Campos, destacam que a questão do uso de celulares está relacionada a um fenômeno global, que envolve preocupações com a saúde mental dos alunos e a eficácia do ensino. Eles argumentam que, em vez de se limitar a proibições, é necessário promover discussões mais amplas sobre o uso virtuoso da tecnologia em sala de aula, enfatizando a necessidade de uma abordagem que integre dispositivos móveis de forma construtiva no processo educativo.