A sociedade atual enfrenta uma transformação profunda com a ascensão dos algoritmos, que moldam nosso comportamento e influenciam o conteúdo que vemos nas redes sociais. Desde o surgimento dos feeds de notícias personalizados no Facebook em 2009, essas ferramentas têm sido fundamentais na forma como interagimos online. No entanto, seus impactos negativos, como a disseminação de desinformação e a polarização, têm levado governos a implementar regulações, gerando debates sobre liberdade de expressão e controle social. Em diferentes partes do mundo, legislações estão sendo propostas para limitar a influência dessas plataformas e proteger o discurso democrático.
Especialistas argumentam que a natureza das redes sociais não reflete uma verdadeira praça pública, já que os algoritmos priorizam conteúdos controversos e geram uma distorção da realidade. A relação entre emissores de discurso e seus públicos é mediada por esses algoritmos, que decidem quem verá o que, comprometendo a competição justa de ideias. Essa dinâmica tem levantado questões sobre a adequação das leis atuais e a necessidade de uma abordagem mais abrangente em relação à regulação da liberdade de expressão, que considere como as plataformas moldam o discurso por meio de suas estruturas de recomendação.
Enquanto soluções alternativas estão sendo exploradas, como o uso de softwares que permitam aos usuários controlar melhor seu conteúdo, a pesquisa indica que muitos preferem interações em grupos fechados em vez de exposição pública. Essa mudança de comportamento reflete uma busca por maior segurança e responsabilidade nas interações digitais. O futuro da comunicação online poderá depender da capacidade dos usuários de interagir de forma mais autônoma com os algoritmos, em vez de permitir que sejam meramente manipulados por eles.