A participação feminina no setor de aviação civil no Brasil permanece abaixo do esperado, com apenas 3,2% de mulheres atuando como pilotos e mecânicas de manutenção. Especialistas destacam que esse cenário reflete desigualdades históricas e culturais que relegaram as mulheres a papéis domésticos, limitando suas oportunidades na aviação. Embora algumas mulheres tenham se destacado como pioneiras na profissão, a resistência e o preconceito ainda são obstáculos significativos.
Profissionais como Kalina Milani, que iniciou sua carreira na década de 90, ressaltam que, apesar das dificuldades, houve avanços no ambiente de trabalho, com mais mulheres conquistando espaço na aviação. Para melhorar essa situação, iniciativas como o programa “Asas para Todos”, da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), buscam promover a inclusão e o incentivo à presença feminina na aviação. Entretanto, as companhias aéreas ainda enfrentam desafios para aumentar a representação de mulheres em suas equipes, com números variando de menos de 5% a 12% de mulheres entre os pilotos.
As empresas aéreas, como Azul, Gol e Latam, estão implementando políticas para fomentar a diversidade e a inclusão, buscando garantir igualdade de oportunidades e um ambiente de trabalho mais representativo. A Latam, por exemplo, tem adotado ações estruturadas para promover a diversidade e a inclusão, resultando em uma maior contratação de mulheres em cargos executivos e de pilotagem. Apesar dos progressos, a necessidade de apoio contínuo e o rompimento de estereótipos ainda são essenciais para que mais mulheres se sintam encorajadas a ingressar e prosperar na aviação civil.