O deputado federal protocolou um requerimento para a criação de uma comissão externa da Câmara com o objetivo de investigar as responsabilidades da concessionária de energia pela recente interrupção de fornecimento em São Paulo. O parlamentar, que é vice-líder do governo, também sugeriu a formação de uma subcomissão no colegiado de Fiscalização Financeira e Controle para debater a atuação da Enel, destacando a insatisfação com a privatização da empresa e seu desempenho na prestação de serviços.
As críticas à Enel se intensificaram em meio a uma disputa política entre o governo federal e a prefeitura de São Paulo, especialmente após o apagão que afetou 400 mil imóveis na Grande São Paulo. O deputado ressaltou a necessidade de um acompanhamento rigoroso das ações da concessionária, que, segundo ele, tem atribuído a falta de energia a fenômenos climáticos sem reconhecer sua própria incapacidade de restabelecimento dos serviços dentro dos prazos regulamentares.
O ministro de Minas e Energia anunciou a possibilidade de um processo disciplinar contra a Enel, que poderia culminar na caducidade da concessão. A Agência Nacional de Energia Elétrica está realizando uma apuração técnica sobre a situação, enquanto a Advocacia-Geral da União considera uma ação de dano moral coletivo. A pressão sobre a empresa se intensificou, evidenciando a importância da fiscalização do poder público sobre concessionárias que oferecem serviços essenciais à população.