Durante depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), um conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro comentou sobre as delações de um ex-policial militar, que estava preso por crimes anteriores e se tornou o principal suspeito dos assassinatos de uma ex-vereadora e seu motorista. O conselheiro, acusado de ser o mandante do crime, negou qualquer envolvimento e declarou que nunca conheceu o delator antes do ocorrido, afirmando que o ex-policial tentou incriminá-lo por considerá-lo uma figura vulnerável.
Em sua fala, o conselheiro expressou emoções ao mencionar sua família e refutou as alegações do ex-policial, sugerindo que a delação era uma tentativa de se livrar das acusações. Ele destacou que a narrativa apresentada por Lessa não passava de uma estratégia para proteger a si mesmo e a outros envolvidos no crime. O conselheiro insinuou que Lessa criou uma história para desviar a atenção das verdadeiras circunstâncias do caso, utilizando sua própria vulnerabilidade como escudo.
Além disso, o depoente ressaltou que, apesar das declarações do delator, a verdade não poderia ser alterada. Ele caracterizou o ex-policial como alguém que, conhecendo tanto os lados da lei quanto do crime, manipulou a situação a seu favor. O depoimento gera novas discussões sobre a dinâmica das investigações e delações no contexto da criminalidade organizada no Rio de Janeiro, ao mesmo tempo em que evidencia a complexidade dos relatos envolvidos neste caso de grande repercussão.