A Superintendência da Polícia Federal em Goiás recebeu uma denúncia contra um candidato à Prefeitura de Goiânia, acusando-o de falsidade ideológica ao afirmar ser bacharel em Direito. A denúncia foi protocolada pela coligação adversária e baseia-se no artigo 350 do Código Eleitoral, que proíbe a inserção de dados falsos no sistema eleitoral. A Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) confirmou que o candidato nunca concluiu o curso e que sua matrícula foi desativada há mais de dez anos, revelando que faltaram horas complementares obrigatórias para a conclusão.
Em resposta às acusações, o candidato declarou em suas redes sociais que sempre foi claro sobre sua situação acadêmica e que houve um erro no registro feito por sua equipe. Ele também anunciou que solicitou a correção desse registro junto à Justiça Eleitoral. Durante um debate recente, o candidato tentou justificar a situação, mas em entrevistas anteriores afirmou ter se formado, gerando contradições em seu discurso.
A polêmica se estendeu à Assembleia Legislativa de Goiás, onde o candidato ocupava um cargo que exige diploma superior. Na ficha cadastral preenchida, ele declarou ter se formado em Direito em 2010. A situação gerou repercussões, levando o presidente da Assembleia a encaminhar o caso à Procuradoria-Geral para investigar possíveis irregularidades. A análise da denúncia agora cabe à polícia, que decidirá se a investigação seguirá pela Polícia Federal ou pela Polícia Civil de Goiás.