Um cirurgião de Florianópolis foi indiciado por lesão corporal gravíssima após uma paciente relatar complicações severas após se submeter a um número excessivo de cirurgias em um único dia. A paciente, que passou por 12 procedimentos cirúrgicos, enfrentou queimaduras, necrose e uma longa internação em UTI. A denúncia levou a uma investigação da Polícia Civil, que identificou irregularidades tanto no tempo de operação quanto na quantidade de gordura retirada durante os procedimentos, indicando que as práticas do médico podem ter ultrapassado os limites aceitáveis conforme a literatura médica.
Além do indiciamento atual, o cirurgião já havia enfrentado várias ações judiciais, sendo condenado em pelo menos quatro casos de indenização, incluindo um em que foi responsabilizado pela morte de uma paciente durante uma lipoaspiração. O médico, que se apresenta como uma autoridade na área com milhares de seguidores nas redes sociais e várias especializações, afirma que prioriza a saúde e o bem-estar de seus pacientes e que fornece todas as informações necessárias antes dos procedimentos. A repercussão do caso levanta questões sobre a ética e a regulamentação da prática da cirurgia plástica no Brasil.
O Conselho Regional de Medicina está conduzindo uma sindicância sobre a conduta do profissional, embora não possa se manifestar publicamente sobre processos em andamento. Enquanto isso, a paciente que fez a denúncia continua a buscar tratamento psicológico para lidar com as consequências de sua experiência. O cirurgião expressou confiança em sua atuação e no esclarecimento das acusações na justiça, reiterando seu compromisso com os princípios éticos da profissão.