A professora de geografia Roberta da Silva Batista foi demitida do Centro de Ensino em Período Integral Santa Bárbara, em Goiás, apenas quatro dias após questionar a secretária estadual de educação sobre a impossibilidade de professores contratados acompanharem seus filhos a consultas médicas sem perder faltas. A demissão gerou debates, uma vez que Roberta, que estava com o contrato vencido, expressou estranhamento ao ser desligada, citando colegas com contratos mais antigos que continuaram na função.
A Secretaria Estadual de Educação negou que a demissão tenha sido uma perseguição e alegou que a rescisão estava de acordo com as normas que regem os contratos temporários na educação. O órgão afirmou que os contratos temporários estavam sendo revisados em resposta a um pedido do Ministério Público, que solicitou ajustes às diretrizes legais. Além disso, a secretária reconheceu ter dado uma resposta inadequada durante a live, onde a professora fez seu questionamento, o que levantou críticas sobre a condução do diálogo com os educadores.
O episódio ainda evidenciou a insatisfação geral com as condições de trabalho na educação, particularmente após a recente alteração no Plano de Carreiras, que estipula penalizações financeiras para professores que faltam. A situação destaca as tensões entre as demandas dos profissionais da educação e as diretrizes da administração pública, além de suscitar um debate mais amplo sobre os direitos trabalhistas na área educacional.