Os principais clubes de futebol do Rio de Janeiro, incluindo Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco da Gama, não responderam à solicitação da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro sobre a retirada de patrocínios de casas de apostas de produtos destinados ao público infantil. A Defensoria havia estipulado um prazo de 15 dias para a resposta, que se encerrou no dia 16 de outubro. Diante da ausência de retorno, a instituição planeja reiterar a solicitação, que visa proteger os direitos das crianças e adolescentes.
A iniciativa da Defensoria surgiu após reclamações sobre a presença de logomarcas de casas de apostas em camisetas e produtos voltados para menores de idade. O ofício também destaca legislações que proíbem a exposição de marcas de apostas em itens destinados a esse público, reforçando a necessidade de regularidade no patrocínio e na comercialização de produtos. Recentemente, o cenário de apostas esportivas no Brasil tem sido alvo de críticas devido aos impactos financeiros e comportamentais que causam nas famílias, especialmente nas classes sociais mais baixas.
Além das preocupações sobre a proteção do público jovem, estudos indicam que o aumento das apostas esportivas compromete o orçamento familiar e desvia recursos de programas sociais. O governo, por sua vez, busca regular o setor, impondo restrições como a proibição do uso de cartões de crédito para apostas. O presidente da República manifestou a intenção de eliminar o mercado de apostas caso a regulamentação não garanta a segurança financeira e mental da população.