O PSDB, um dos principais partidos políticos do Brasil, enfrentou um revés significativo nas eleições municipais de 2024, conquistando apenas duas prefeituras nas 103 maiores cidades do país, em contraste com as 17 obtidas em 2020. A situação é particularmente alarmante em São Paulo, onde o partido não participará do segundo turno pela primeira vez desde 2008, refletindo a pior votação na história do PSDB na capital. A candidatura de José Luiz Datena, apoiada por figuras influentes do partido, teve um desempenho abaixo das expectativas, com apenas 1,84% dos votos.
A trajetória do PSDB já mostrava sinais de fragilidade antes das eleições, mantendo apenas dez das prefeituras conquistadas anteriormente. Além disso, na Câmara de Vereadores, o partido não conseguiu eleger nenhum representante, em parte devido à decisão de não apoiar a reeleição do atual prefeito. Essa perda de influência é evidenciada pela diminuição do número de cadeiras no Congresso Nacional, onde o PSDB, em federação com o Cidadania, conta atualmente com apenas 17 cadeiras na Câmara dos Deputados e uma no Senado.
Por outro lado, o partido teve um desempenho notável no Mato Grosso do Sul, onde conquistou mais da metade das prefeituras do estado, levando a região a ser referida como “Tucanistão”. No entanto, de forma geral, o número de administrações municipais sob o controle do PSDB caiu drasticamente, de 515 para 269. A ascensão do bolsonarismo e disputas internas têm contribuído para a diminuição da influência do partido, que, apesar de sua trajetória histórica, vê sua posição como um grande partido ameaçada, tornando-se uma legenda de médio porte.