Em uma recente decisão judicial, a Johnson & Johnson foi condenada a pagar US$ 15 milhões a um homem de Connecticut que alegou ter desenvolvido mesotelioma após o uso prolongado de seu talco para bebês. O júri do Tribunal Superior do Condado de Fairfield concluiu que a empresa deve ser responsabilizada pela comercialização de um produto que, segundo o autor da ação, estava contaminado com amianto, uma substância reconhecida como cancerígena. O advogado do demandante expressou satisfação com o veredito, ressaltando que a decisão reafirma a necessidade de responsabilização da empresa.
A Johnson & Johnson, por sua vez, manifestou intenção de apelar da decisão, argumentando que a evidência científica independente sustenta a segurança do talco, afirmando que não contém amianto e não está associado ao câncer. A empresa já enfrenta mais de 62 mil alegações relacionadas a cânceres ginecológicos atribuídos ao uso de talco e propôs um acordo de falência de quase US$ 9 bilhões para resolver essas disputas. No entanto, a situação legal de reivindicações de mesotelioma, como a de Plotkin, permanece pendente.
O caso ocorre em meio a um contexto mais amplo, onde a Johnson & Johnson busca encerrar processos relacionados ao seu talco, que tem sido objeto de controvérsias por supostas contaminações. Apesar de já ter resolvido algumas alegações, a empresa não apresentou uma proposta de acordo abrangente para todos os casos relacionados a mesotelioma, destacando as complexidades legais que cercam o uso de seus produtos e as consequências para a saúde dos consumidores.