O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) anulou todas as condenações de um ex-ministro relacionadas à Operação Lava Jato, permitindo que ele retorne ao cenário político e concorra em futuras eleições. A decisão, proferida na última segunda-feira (28), foi fundamentada na alegação de que houve uma associação inadequada entre o juiz responsável pelo caso e os procuradores envolvidos, com o intuito de prejudicar não apenas o ex-ministro, mas também outros indivíduos, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Embora a Procuradoria-Geral da República tenha se oposto à anulação, o ministro argumentou em sua decisão que era necessário rever as condenações.
Com a anulação, o ex-ministro deixa de ter um registro de “ficha suja”, o que lhe permite pleitear cargos eletivos novamente. Analistas políticos sugerem que ele pode buscar uma cadeira na Câmara dos Deputados em 2026. Essa reviravolta é significativa, pois reflete uma mudança no contexto legal e político do país, com reações polarizadas entre seus apoiadores, que celebraram a decisão como uma vitória da justiça, e seus opositores, que criticaram a anulação como um retrocesso no combate à corrupção.
A decisão também provocou reações acaloradas entre figuras ligadas à Operação Lava Jato. Alguns ex-membros manifestaram preocupação de que o combate à corrupção no Brasil estivesse sendo comprometido, enquanto aliados do ex-ministro expressaram alívio e esperança em relação ao futuro político dele. A situação destaca a complexidade e a fragilidade do sistema judiciário brasileiro em meio a um ambiente político conturbado.