Os debates promovidos pela TV Record entre os candidatos a prefeito de São Paulo e Curitiba foram marcados por trocas intensas de acusações e um ambiente de confrontação. Na capital paulista, Ricardo Nunes e Guilherme Boulos protagonizaram um embate repleto de provocações, com Nunes atacando Boulos de extremista e o opositor respondendo com a acusação de mentiroso. Apesar das acusações mútuas e de uma estratégia voltada para diminuir a rejeição, o debate não resultou em uma conclusão clara, mantendo a polarização entre os candidatos.
Em Curitiba, a disputa entre Eduardo Pimentel e Cristina Graeml teve um tom igualmente tenso, onde desespero e desinformação foram temas recorrentes. Graeml fez mais de dez pedidos de direito de resposta durante o debate, todos negados, enquanto Pimentel não solicitou nenhuma retratação. Essa dinâmica evidenciou uma fissura na direita local, já que ambos os candidatos competiam por votos que poderiam tradicionalmente pertencer à esquerda, o que trouxe à tona discussões sobre a gestão da pandemia de Covid-19.
Os debates, realizados em 19 de outubro, destacaram a acirrada disputa eleitoral nas duas capitais, com foco nas estratégias e retóricas adotadas pelos candidatos. As trocas de acusações e a polarização observada nos confrontos refletem não apenas a atual configuração política, mas também a luta por posicionamentos eleitorais em um cenário de crescente descontentamento popular.