Um homem no Texas, condenado à pena de morte pelo assassinato da filha de dois anos, enfrenta a execução por injeção letal marcada para quinta-feira (17). Advogados, legisladores e especialistas questionam a validade das evidências científicas que levaram à condenação, argumentando que as lesões apresentadas pela criança podem ter sido causadas por pneumonia severa, e não por abuso. Um grupo de 86 apoiadores enviou uma carta à Comissão de Indultos e Liberdade Condicional do Texas, defendendo que novas evidências sugerem uma má interpretação dos sintomas pela equipe médica.
Desde o julgamento em 2003, especialistas têm levantado questões sobre a síndrome do bebê sacudido, apontando que diagnósticos apressados podem levar a condenações injustas. Os promotores sustentam que as evidências de abuso ainda se mantêm, enquanto críticos argumentam que quedas acidentais e doenças não diagnosticadas poderiam ter simulado as lesões observadas. A situação reacendeu um debate sobre a eficácia das práticas médicas e judiciais em casos de abuso infantil.
A clemência no Texas é um processo raro e, até agora, o governador não se pronunciou sobre o caso. Defensores do condenado e ex-investigadores expressaram suas dúvidas sobre a culpa, ressaltando a importância de um sistema de justiça que funcione corretamente. O ex-chefe de detetives que inicialmente ajudou na acusação pediu publicamente que a execução fosse interrompida, reforçando a necessidade de uma avaliação mais crítica das evidências antes da execução.