A execução de um homem condenado à morte no Texas, marcada para quinta-feira (17), reascende discussões sobre a validade das evidências que fundamentaram sua condenação pelo assassinato da filha. Robert Roberson, que afirma ser inocente, foi condenado em 2003 com base em diagnósticos médicos que apontaram para abuso infantil, especificamente a síndrome do bebê sacudido. Contudo, uma carta enviada a autoridades do Texas por um grupo de legisladores, médicos e um ex-detetive argumenta que as lesões da criança podem estar associadas a pneumonia não diagnosticada, desafiando a narrativa de abuso.
Os defensores de Roberson destacam que novas evidências sugerem que complicações médicas não relacionadas ao trauma cerebral podem ter contribuído para a morte da menina, incluindo uma pneumonia severa que evoluiu para sepse. Eles apontam que os médicos, ao diagnosticarem a síndrome do bebê sacudido, podem ter ignorado outras condições médicas que poderiam imitar os sintomas apresentados pela criança. Enquanto isso, a promotoria defende que as provas contra Roberson continuam robustas e que a acusação foi válida.
O governador do Texas tem a autoridade de suspender a execução, mas as clemências são concedidas de forma rara. O caso de Roberson suscita questionamentos sobre a justiça no sistema penal, especialmente em relação a diagnósticos médicos controversos. Vários políticos e especialistas defendem que, em face de dúvidas sobre a culpabilidade, a execução não deve ser realizada, refletindo a importância de um julgamento justo e a necessidade de um exame cuidadoso das evidências.