A equipe econômica do governo tem se concentrado em propostas de cortes de gastos públicos para garantir a sustentabilidade do arcabouço fiscal. O ministro do Trabalho afirmou que não foi informado sobre qualquer mudança relacionada ao seguro-desemprego, abono salarial ou à multa por demissão sem justa causa, questões que estão sob sua responsabilidade. Ele destacou que, na ausência de diálogo, as discussões sobre possíveis cortes não têm fundamento.
O ministro declarou que não há um debate formal sobre as reduções em programas do Ministério do Trabalho, reforçando que não se pode resolver problemas fiscais transferindo encargos do empregador para o trabalhador. Ele enfatizou que, se não houver consulta prévia sobre temas relevantes à sua pasta, considera isso uma forma de agressão. Marinho também expressou que a responsabilidade pela permanência de ministros é do presidente da República.
Marinho concluiu afirmando que, embora existam estudos em andamento sobre a situação econômica, não foram discutidos com ele. Ele ressaltou que a falta de comunicação e consulta adequada entre as áreas técnicas e os ministros é imprópria, e que qualquer alteração sem participação do ministério poderia levá-lo a considerar a sua saída do cargo.