A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) promoveu um debate sobre ações afirmativas, reunindo pesquisadores de diversas áreas para discutir o combate às discriminações contra grupos étnico-raciais, idosos e refugiados. Durante o evento, o professor Luiz Augusto Campos apresentou dados que evidenciam a desigualdade racial na ciência e como as cotas raciais, implementadas em 2012, contribuíram para aumentar a participação de pretos, pardos e indígenas no ensino superior público, passando de 31% para 52% entre 2002 e 2021. Ele destacou que as cotas não apenas beneficiam grupos específicos, mas também justificam a existência do próprio ensino superior público ao mitigar desigualdades históricas.
A professora Maria Teresa Tedesco trouxe à tona o Programa Varia-Idade, que analisa as experiências de idosos no Rio de Janeiro, visando influenciar políticas públicas que assegurem um atendimento de qualidade a essa população, considerando o aumento da longevidade e a necessidade de inclusão social. Tedesco enfatizou a importância de desenvolver políticas que garantam saúde, educação e bem-estar para os idosos, muitas vezes marginalizados na sociedade.
A pesquisadora Érica Sarmiento abordou iniciativas voltadas para refugiados no Brasil, destacando uma lei estadual que facilitou o ingresso de refugiados, apátridas e imigrantes em universidades públicas. Segundo Sarmiento, a interação entre culturas diversas enriquece a comunidade acadêmica e a sociedade como um todo, ressaltando a importância do acolhimento e do respeito aos direitos humanos, tanto dentro como fora da universidade.