A situação da Enel, responsável pela distribuição de energia na grande São Paulo, gerou divisões no governo federal, com duas correntes de opinião. Uma parte defende que o contrato com a empresa deveria ser rompido ou sofrer intervenção devido a falhas na prestação de serviços. Por outro lado, há aqueles que acreditam que, se a Enel cumprir rigorosamente as novas regras estabelecidas pelo decreto que regulamenta o setor elétrico, o contrato pode ser mantido.
O novo decreto impõe exigências como respostas rápidas em situações de emergência e o uso de tecnologia avançada. Apesar das divergências, a avaliação do governo é de que não haverá rescisão do contrato com a Enel neste momento. A concessão atual vence em 2028, e qualquer análise técnica mais detalhada ocorrerá apenas dois anos antes do término, segundo o ministro de Minas e Energia.
Além disso, a Controladoria Geral da União foi encarregada de solicitar documentos da Agência Nacional de Energia Elétrica para investigar as causas de um recente apagão, incluindo planos de contingência da Enel e recomendações anteriores. O processo de investigação de possíveis irregularidades envolvendo servidores da agência está sob sigilo, e a criação de mecanismos para combater assédio também está em pauta, demonstrando a complexidade da situação em torno da empresa e a necessidade de soluções eficazes.