No primeiro debate entre os candidatos à prefeitura de São Paulo após o primeiro turno das eleições municipais de 2024, o apagão causado pelas chuvas recentes foi o tema central das discussões. O deputado federal Guilherme Boulos criticou a concessionária de energia e o atual prefeito Ricardo Nunes, atribuindo a eles a responsabilidade pela situação das 300 mil famílias ainda sem energia elétrica. Boulos destacou a falta de ações preventivas, como a poda de árvores, que poderiam ter minimizado os danos provocados pelas chuvas.
Ricardo Nunes, por sua vez, reconheceu os desafios impostos pelas mudanças climáticas e enfatizou as iniciativas de sua administração, como a criação de uma secretaria dedicada a essas questões. Ele também criticou a Enel e o governo federal por não tomarem medidas eficazes desde a ocorrência de um apagão anterior, destacando suas tentativas de buscar a rescisão do contrato com a concessionária. O prefeito responsabilizou o governo federal pela falta de ação no controle e regulação dos serviços prestados pela Enel.
Além das críticas à Enel, Nunes também questionou Boulos por não ter promovido mudanças legislativas que poderiam permitir maior autonomia para as prefeituras em relação às concessões de energia. O debate evidenciou a polarização entre os candidatos e a importância da gestão pública na mitigação de crises, ressaltando a necessidade de ações mais efetivas para a resolução de problemas estruturais que afetam a população.
