No último debate antes do primeiro turno das eleições 2024, os candidatos à prefeitura do Recife abordaram temas críticos como desigualdade social e políticas de habitação. Dani Portela (PSOL) e Daniel Coelho (PSD) trocaram críticas sobre a entrega de unidades habitacionais, com Coelho afirmando que a gestão atual é a que menos entregou casas nos últimos anos, uma declaração confirmada por dados oficiais. Além disso, Portela trouxe à tona a questão da violência policial, ressaltando que todas as mortes em ações da polícia em 2022 foram de pessoas negras, o que levanta a discussão sobre a desigualdade racial na capital.
Os candidatos também foram checados em relação a suas afirmações sobre a situação da educação e do emprego na cidade. João Campos (PSB) destacou a melhoria nas taxas de alfabetização e a geração de empregos em Recife, com dados que o posicionam como um dos municípios com maior número de vagas criadas em Pernambuco. Por outro lado, Gilson Machado (PL) fez afirmações sobre o ambiente de negócios e o investimento do governo federal após enchentes, que foram desmentidas, indicando que o valor mencionado se referia a recursos para todo o país, e não exclusivamente para Pernambuco.
O debate trouxe à tona a complexidade das questões sociais e econômicas enfrentadas pela cidade, com os candidatos apresentando tanto dados positivos quanto negativos. A diversidade nas abordagens e as críticas às gestões passadas refletem o clima político atual e a busca por soluções que atendam às necessidades da população recifense. O cenário se configura como um espaço de discussão intensa sobre os rumos da administração municipal e as políticas públicas necessárias para enfrentar os desafios locais.