O segundo debate entre os candidatos à prefeitura de São Paulo, promovido pela TV Record e pelo Estadão, teve início com um clima semelhante ao do primeiro encontro. As principais discussões giraram em torno do apagão que afetou a capital no dia 11 de outubro, com ambos os candidatos trocando acusações sobre responsabilidades. Durante o debate, foram registrados oito pedidos de direito de resposta, com um total de cinco atendidos. O candidato Guilherme Boulos responsabilizou a prefeitura pela falta de poda de árvores, enquanto Ricardo Nunes direcionou suas críticas à agência reguladora de energia.
Além das questões relacionadas ao apagão, os candidatos também se envolveram em acusações pessoais. Boulos fez referências a supostas irregularidades ligadas à gestão de Nunes, enquanto Nunes atacou Boulos por suas posições políticas e por um caso anterior envolvendo violência doméstica. O debate também abordou temas como a segurança pública e a privatização da Sabesp, com Boulos alertando sobre os riscos de uma possível crise no abastecimento de água. A discussão se intensificou quando os candidatos foram questionados sobre a segurança na cidade, levando a mais trocas de acusações sobre as políticas implementadas.
A participação de Nunes no debate foi inicialmente incerta, dado o seu histórico de ausências em outros eventos. No entanto, ele compareceu após a expectativa de chuvas não se concretizar. Durante sua chegada, Nunes justificou suas ausências em debates anteriores, destacando a importância de sua função como prefeito. Em contrapartida, Boulos criticou essa postura, enfatizando a relevância do debate democrático. O mediador do evento conduziu a discussão em três blocos, com os dois primeiros focados em perguntas de jornalistas, enquanto o terceiro bloco foi reservado para considerações finais dos candidatos.