O primeiro debate entre os candidatos à prefeitura de São Paulo, realizado na TV Bandeirantes, foi marcado por trocas de acusações e a discussão em torno do recente apagão que afetou a cidade. Ricardo Nunes e Guilherme Boulos se responsabilizaram mutuamente pela situação, com Nunes apontando a falta de ação do governo federal e Boulos criticando a ineficiência da gestão municipal. Ambos os candidatos também tocaram na responsabilidade da concessionária de energia, Enel, e na atuação da Agência Nacional de Energia Elétrica, criando um clima de tensão no início do encontro.
As provocações não se limitaram ao apagão. Boulos questionou a capacidade de Nunes em lidar com a situação da população em situação de rua, destacando a necessidade de programas de moradia e emprego. Nunes, por sua vez, defendeu suas ações e o aumento no número de vagas de acolhimento, mas foi desafiado por Boulos sobre a eficácia de sua gestão. Além disso, a segurança pública também foi um tema recorrente, com Boulos propondo o aumento do efetivo da Guarda Civil e Nunes defendendo a parceria com o governo do estado.
No final do debate, apesar das trocas acaloradas de palavras, os candidatos se abraçaram, um gesto que simbolizou a complexidade das relações políticas. A discussão se desenrolou entre promessas de melhorias no transporte público e críticas sobre a postura de cada um em relação ao crime organizado, ilustrando as diferenças em suas propostas para a cidade. O debate, portanto, não apenas destacou as posições de cada candidato, mas também a polarização que permeia a eleição municipal de São Paulo.