O segundo debate do segundo turno para a prefeitura de São Paulo, realizado na Record TV, seguiu o clima acirrado do primeiro encontro. Os candidatos, um representante de um partido de esquerda e outro do partido governista, trocaram acusações sobre as responsabilidades pelo apagão que afetou a cidade em outubro. O candidato da esquerda destacou a falta de manutenção na arborização urbana como um fator crítico, enquanto o candidato governista responsabilizou uma agência federal reguladora pelo contrato com a empresa de energia, argumentando que as intervenções deveriam ser conduzidas em nível federal.
Durante o debate, os jornalistas questionaram os candidatos sobre temas relevantes, como a saída temporária de presos em feriados e um possível desabastecimento de água, dado que a empresa responsável pela distribuição de água está sob nova concessão. O prefeito enfatizou que a regulação seria uma garantia para a cidade, enquanto seu oponente alertou sobre os riscos de uma privatização similar àquela observada no setor de energia. A discussão sobre segurança pública também ganhou destaque, com o candidato governista apresentando medidas já implementadas, enquanto o rival questionou a efetividade dessas ações e levantou preocupações sobre a sensação de segurança da população.
A participação do prefeito no debate foi incerta, pois ele havia faltado a eventos anteriores, citando compromissos administrativos. Ao comparecer, ele justificou suas ausências alegando a prioridade em cuidar da cidade. Por outro lado, o candidato da esquerda criticou essa postura, chamando a atenção para a importância dos debates na democracia e questionando a falta de respostas do adversário. O mediador do debate conduziu a discussão em três blocos, permitindo perguntas de jornalistas e espaço para considerações finais dos candidatos, refletindo um ambiente democrático e de confronto de ideias.