Em uma reunião da Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados, especialistas discutiram a regulamentação da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer, enfatizando a urgência de aumentar o financiamento público para o tratamento da doença. Dados apresentados revelaram que a oncologia recebe apenas 1,17% do orçamento federal destinado à saúde, o que representa R$ 4,75 bilhões em 2023. O remanejamento de recursos poderia elevar esse valor para R$ 13 bilhões anuais, um aumento significativo que permitiria um tratamento mais eficaz.
Os participantes também destacaram a importância de fortalecer a atenção básica em saúde, que desempenha um papel crucial no diagnóstico inicial e nas ações de prevenção. Atualmente, muitos casos de câncer são diagnosticados em estágios avançados, o que dificulta a recuperação. O governo pretende criar 50 policlínicas para acelerar o diagnóstico, mas a necessidade de ações imediatas foi ressaltada por parlamentares que pediram um plano de ação claro para direcionar os recursos disponíveis.
Além do financiamento, a prevenção é um ponto central no combate ao câncer. Especialistas indicaram que cerca de 30% dos casos podem ser evitados por meio de hábitos saudáveis e vacinação, como as vacinas contra HPV e hepatite tipo B. Assim, a combinação de um financiamento adequado e ações efetivas de prevenção pode resultar em avanços significativos no controle e tratamento do câncer no Brasil.