Em outubro, os gastos das famílias brasileiras com alimentação sofreram um aumento significativo, com o grupo Alimentação e Bebidas registrando alta de 0,87%, em comparação a uma elevação de apenas 0,05% em setembro. Essa variação contribuiu com 0,18 ponto porcentual para a taxa de 0,54% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) no mês, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O principal responsável por esse aumento foram os produtos de origem animal, como carnes e laticínios, que tiveram elevações consideráveis de 4,18% e 1,49%, respectivamente.
Por outro lado, alguns subgrupos de alimentos in natura apresentaram queda nos preços, o que ajudou a moderar o impacto geral sobre os gastos com alimentação. Tubérculos, raízes e legumes tiveram uma redução de 6,14%, enquanto hortaliças e frutas registraram quedas de 2,02% e 0,19%, respectivamente. Esses recuos foram significativos, especialmente em um cenário em que o custo da alimentação consumida em casa aumentou 0,95% após três meses consecutivos de declínios.
A alimentação fora do domicílio também apresentou elevações, com um aumento de 0,66% nos preços. As refeições consumidas fora de casa subiram 0,70%, e os lanches tiveram um aumento de 0,76%. Entre os produtos que mais impactaram a alta dos preços estão o contrafilé, o café moído e o leite longa vida. Em contrapartida, as maiores quedas foram observadas em produtos como cebola, mamão e batata-inglesa, que sofreram reduções expressivas em seus preços.