A 16ª Cúpula dos líderes do Brics, que ocorrerá de 22 a 24 de outubro em Kazan, na Rússia, visa estabelecer critérios para a associação de novos países ao bloco. Entre as diretrizes já definidas, destacam-se a defesa da reforma das Nações Unidas, a manutenção de relações amistosas com os atuais membros e a não imposição de sanções econômicas sem autorização da ONU. O Itamaraty destaca que, além de discutir os critérios, é importante considerar a representação geográfica, pois algumas regiões estão sub-representadas no Brics.
O Brasil, junto com outros países do bloco, enfatiza a importância de que os estados associados adotem uma postura proativa em relação à reforma do Conselho de Segurança da ONU. Este posicionamento é visto como essencial para a legitimidade do Brics como uma força transformadora no cenário global. Além disso, a cúpula abordará a redução da dependência do dólar nas transações comerciais entre os membros, com propostas para fortalecer instituições financeiras alternativas ao Fundo Monetário Internacional e ao Banco Mundial.
Com a presença confirmada de 32 países, a cúpula deverá resultar na declaração de Kazan, que refletirá as posições dos líderes do Brics sobre os temas discutidos. O bloco, que atualmente concentra aproximadamente 36% do PIB global, nasceu em 2006 e passou a incluir a África do Sul em 2011, expandindo sua influência e relevância no cenário econômico mundial. O Brasil assumirá a presidência do Brics no próximo ano, dando continuidade às negociações em torno do uso de moedas nacionais no comércio internacional.