Na sessão ampliada da Cúpula dos Brics, realizada em Kazan, Rússia, Vladimir Putin abordou a crescente tensão no Oriente Médio, destacando o risco de uma guerra em larga escala entre Israel e Irã. O anfitrião também defendeu a reforma do Conselho de Segurança da ONU, buscando um papel mais ativo para países da Ásia, África e América Latina. A posição foi corroborada pelo representante brasileiro, que ressaltou a necessidade de mudanças nas instituições internacionais.
O ministro brasileiro enfatizou a urgência da criação de um Estado Palestino, apontando que a situação atual se tornou uma punição coletiva para o povo palestino. Enquanto isso, o secretário-geral da ONU destacou a necessidade de uma paz justa, alinhada ao direito internacional, em contextos como o do Líbano e da Ucrânia. A invasão russa à Ucrânia também foi discutida, com Putin demonstrando ceticismo em relação a propostas de paz, citando a irracionalidade do presidente ucraniano.
A cúpula, que contou com a participação de 35 países, incluiu debates sobre a inclusão da Venezuela no grupo. Putin expressou apoio a Nicolás Maduro, apesar da oposição do Brasil. A reunião marcou a primeira cúpula do Brics+ e gerou expectativas sobre futuras ampliações do bloco, que poderá incluir novos parceiros. As discussões sobre os critérios de adesão estão em andamento, com a necessidade de consenso entre os membros.