Especialistas recomendam cautela ao utilizar recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para quitar dívidas, ressaltando que essa decisão pode comprometer a segurança financeira do trabalhador no futuro. A possibilidade de sacar o FGTS, seja para amortizar dívidas ou por meio do saque-aniversário, deve ser avaliada com planejamento e conhecimento das condições financeiras pessoais. É fundamental considerar a taxa de juros das dívidas em questão, já que quitar débitos com altas taxas, como os de cartões de crédito, pode ser vantajoso para evitar o crescimento dessas dívidas.
O saque do FGTS é permitido em situações específicas, como demissão sem justa causa, aposentadoria e outras circunstâncias de emergência. Contudo, optar pelo saque-aniversário limita o acesso ao saldo total em caso de demissão futura. Além disso, utilizar o FGTS para quitar dívidas pode reduzir a reserva financeira para aposentadoria ou emergências. Os especialistas alertam que essa estratégia pode não ser livre de riscos, especialmente se o trabalhador não conseguir reorganizar suas finanças após o saque.
Para uma melhor gestão financeira, os trabalhadores devem organizar suas contas e fazer um balanço de suas dívidas, considerando a possibilidade de buscar renda extra e manter uma reserva financeira. Identificar e renegociar as dívidas com credores, além de estudar sobre gestão financeira, são passos importantes para evitar que o endividamento se repita. A utilização consciente dos recursos do FGTS pode oferecer alívio momentâneo, mas é necessário ponderar sobre as consequências a longo prazo dessa escolha.