O ministro da Energia de Cuba, Vicente de la O Levy, anunciou que o fornecimento de energia no país foi parcialmente restaurado após um apagão que deixou milhões de cubanos sem luz por dois dias. As subestações na região oeste já estão operando novamente, e duas usinas termoelétricas reiniciaram suas atividades, enquanto outras duas devem voltar a funcionar em breve. Nos últimos três meses, a população enfrenta apagões cada vez mais frequentes, com um déficit de até 50% na cobertura elétrica, o que tem gerado crescente descontentamento entre os cubanos.
A situação se agravou com uma pane na principal usina termoelétrica da ilha, que causou o colapso do sistema elétrico nacional. Autoridades tentam reativar o sistema, utilizando microssistemas para gerar energia em algumas regiões. O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, destacou que a crise energética é reflexo dos desafios econômicos enfrentados pelo país, exacerbados por restrições financeiras e falta de combustível, o que limita a capacidade de operação das usinas.
Cuba vive uma de suas piores crises em três décadas, com escassez de alimentos, medicamentos e uma inflação crescente. Os apagões, que foram um dos fatores que desencadearam manifestações em julho, continuam a mobilizar a população em protestos contra as condições de vida. Em meio a essa crise, as autoridades tentam encontrar soluções para restaurar completamente o fornecimento de energia e melhorar as condições de vida dos cidadãos.