Desde a última sexta-feira, Cuba enfrenta um apagão severo que afetou praticamente toda a população, cerca de 10 milhões de pessoas. O governo informou que, a partir de segunda-feira, a situação começa a ser resolvida, com a energia elétrica sendo restabelecida em 56% da capital, Havana. A principal central elétrica da ilha falhou, levando a um colapso total do sistema. Enquanto as autoridades tentam restabelecer a normalidade, muitos cubanos lidam com a deterioração de alimentos e a falta de água, uma vez que o abastecimento depende de bombas elétricas.
Além do apagão, o país enfrenta a escassez de combustíveis e uma demanda crescente por energia, exacerbada pelo uso de aparelhos de ar condicionado. O governo atribui os problemas à continuidade do embargo econômico imposto pelos Estados Unidos, além de falhas na infraestrutura elétrica, que já se mostrava precária. O primeiro-ministro e outros líderes reconhecem a crise, mas críticas apontam que os problemas são também resultado de um planejamento econômico deficiente e da falta de investimentos.
Com o agravamento da situação, panelaços e bloqueios de ruas tornaram-se comuns em várias áreas. Em meio à escuridão, a insatisfação popular aumenta, com muitos cidadãos expressando suas frustrações em público. O presidente, por sua vez, convocou a população a manter a ordem durante os protestos, enquanto especialistas alertam para a fragilidade do sistema elétrico cubano e a necessidade de reformas estruturais para evitar colapsos futuros.