Cuba vive uma grave crise energética, com apagões frequentes que impactam a vida da população. O sistema elétrico da ilha entrou em colapso no dia 19 de outubro, após uma pane na principal usina termoelétrica, deixando a maioria dos bairros da capital sem eletricidade. O presidente Miguel Díaz-Canel afirmou que não descansará até que a distribuição de energia seja restabelecida, destacando a falta de combustível e recursos financeiros como fatores que agravam a situação.
Os apagões têm se tornado cada vez mais prolongados e frequentes, com um déficit de cobertura que chegou a 50% em algumas regiões. Moradores relatam dificuldades significativas, como insônia e impossibilidade de trabalhar, gerando descontentamento e desespero entre a população. A infraestrutura elétrica da ilha, composta por termelétricas antigas e plantas flutuantes, enfrenta sérios problemas de manutenção, resultando em um sistema frágil e vulnerável.
Essa crise energética é um reflexo de um planejamento centralizado que não tem conseguido atender às necessidades do país. Os apagões, que já eram um fator de insatisfação popular, contribuíram para manifestações em várias províncias. Com a inflação galopante e a falta de alimentos e remédios, Cuba atravessa sua pior crise em três décadas, tornando o restabelecimento da energia um desafio crucial para a recuperação do país.