A relação entre Israel e líderes europeus tem se deteriorado em meio a críticas crescentes sobre as ações militares de Israel em Gaza e no sul do Líbano. A pressão da Europa sobre o primeiro-ministro israelense para que considere um cessar-fogo inclui pedidos de suspensão de vendas de armas e possíveis sanções a ministros do governo. Esses esforços são impulsionados pela crescente preocupação com a escalada da violência e a morte de civis em Gaza, que já ultrapassou 42 mil, conforme dados do Ministério da Saúde de Gaza. Além disso, ataques israelenses a bases de manutenção da paz da ONU, onde estão tropas europeias, intensificaram a reaproximação entre a Europa e a causa palestina.
Os Estados Unidos, tradicional aliado de Israel, parecem menos dispostos a exercer pressão significativa, gerando frustração entre as nações europeias. Recentemente, o governo Biden enviou uma carta exigindo que Israel melhore as condições humanitárias em Gaza, mas a resposta da Europa foi mais contundente, com vozes como a do chefe da política externa da UE destacando a urgência da situação. Enquanto isso, países como a Itália, que historicamente forneceram armamento a Israel, suspenderam novas licenças de exportação, enfatizando a necessidade de respeito ao direito humanitário internacional.
As reações de diferentes países da UE indicam uma divisão interna, com a Alemanha continuando a apoiar Israel através do fornecimento de armas, destacando a complexidade das relações. Apesar da crescente crítica, especialistas afirmam que os laços entre a UE e Israel permanecem robustos, embora sob pressão. A situação atual desafia a legitimidade do Estado israelense, à medida que a Europa busca reavaliar sua posição frente às políticas de defesa e ações no Oriente Médio.