O procurador-geral da Venezuela fez acusações infundadas, sugerindo que líderes de esquerda da América Latina, como os presidentes do Brasil e do Chile, estariam a serviço de interesses estrangeiros. As declarações foram provocadas por críticas a respeito do processo eleitoral na Venezuela, onde a legitimidade das eleições tem sido amplamente questionada, especialmente em relação à falta de transparência no Conselho Nacional Eleitoral do país.
Apesar das comparações entre os processos eleitorais de ambos os países, analistas apontam que as circunstâncias são distintas, com o Tribunal Superior Eleitoral do Brasil sendo considerado um órgão independente, ao contrário do que ocorre na Venezuela, onde as instituições são frequentemente acusadas de servir ao regime. O ambiente político tenso entre os dois países é evidenciado pelas trocas de farpas públicas entre os líderes, com o governo brasileiro condicionando o reconhecimento dos resultados eleitorais venezuelanos à transparência nas apurações.
A situação também destaca a crescente divisão entre os países da América Latina, onde a retórica política se intensifica em torno de acusações de manipulação e fraudes eleitorais. As críticas do governo chileno, por exemplo, foram diretamente respondidas pelo procurador-geral venezuelano, que buscou deslegitimar as vozes contrárias ao regime de Nicolás Maduro, enfatizando um ambiente de crescente polarização política na região.